Faz quase um mês que não escrevo nada aqui neste espaço virtual. Fico esperando eu tomar a iniciativa de tirar a minha bunda magra do sofá e continuar as intervenções que me propus a fazer. Pois é, tô bem parada. Estou sem ação. Uma mistura de preguiça com compromissos que estão tomando a maior parte do meu tempo. Que por um lado é ótimo.
Fato é que achei que continuaria sem ter nada para escrever no blog, já que não estou agindo, mas percebi que agora era um bom momento para retomar, nem que fosse para relatar e registrar este momento de baixa e até refletir sobre a influência que o meu estado pode ter no mundo.
Quando tenho energia e disposição, penso que posso multiplicar idéias e ações por aí. Quanto mais me afasto do assunto, daquela área de mato entre São Paulo e Osasco, onde tem muito lixo jogado, ele fica não só distante de mim mas também das pessoas que por ali passam. Parece que às vezes uma pessoa é capaz de mobilizar outras muitas.
Somos pequenos, um pontinho no universo, um entre 6 bilhões de habitantes neste planeta. Parece nada, mas volto naquela velha idéia, muitas vezes utópica e até romântica de que um faz a diferença, de que se cada um fizer um pouco, fizer a sua parte, podemos dar conta de muitos assuntos. Mas parece que são muitos os assuntos e pouca a disposição das pessoas. Na verdade, o que mais me incomoda é a falta de percepção e reflexão do que estamos fazendo aqui, vivos, o que podemos fazer, por exemplo, a favor de uma sociedade mais igualitária? Muitos acordam e dormem sem ter pensado nem um segundo sequer na situação atual (seja a pobreza, a quatidade de lixo que produzimos, os ônibus lotados que pegamos todos os dias como se fossemos gados ou a quantidade de gado que matamos para satisfazer nossas vontades). Tem uma grande parcela da população que só tem um único foco: ganhar cada vez mais e mais dinheiro para encher o cú de grana e gastar com supérfluos, enquanto a grande maioria de desdobra para sobreviver e obter o essencial.
Assim, quem vai olhar para os problemas e tentar resolvê-los?
Por isso me sinto um pouco mal quando percebo que estou me distanciando das questões sociais que posso participar. Sinto-me responsável. Mas ao mesmo tempo devo percerber o limite que existe para eu não acabar me culpando pelo mundo ser assim.
Momento existencial, crítico e...chega! Hora de almoçar.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
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2 comentários:
Oi Clara!!!
quero aproveitar seu blog para contribuir com uma idéia para todos que querem ajudar a dar um fim (nobre!) ao seu próprio lixo!
Visitem o site www.minhocasa.com.
Além da iniciatica educativa da organizaçao, eles vendem um equipamento, o minhocasa, para transformarmos o lixo orgânico doméstico em adubo orgânico. É uma composteira para casa e apartamento, muito bem bolada, que nao deixa cheiro nenhum.
Acho importante falarmos sobre o lixo orgânico porque em geral nas cidades grandes, quando pensamos em reutilizar e reciclar vêm na nossa mente o lixo das embalagens, o lixo industrializado. Mas como ainda temos que aprender a usar integralmente os alimentos e desperdiçar menos! E o resto podemos transformar em adubo!
abraços,
lídia
Êeeee!!!!
Que bacana!
Fui lá olhar o site que você indicou. Só preciso ler melhor para entender a diferença entre os três produtos...
Vou reler e tirar as minhas dúvidas com vc.
Bjs
Obrigada pela dica e pela contribuição no blog.
Bem legal!
Clara
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